Cittadinanza via giudiziale, cosa cambia dal 22 giugno? / Cidadania via processo judicial, o que muda a partir de 22 de junho?
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Il comma 36 dell’art. 1 della legge di riforma del processo civile n. 206 del 26.11.2021, entrata in vigore il 24.12.2021, che ha modificato il comma 5 dell’art. 4 del decreto-legge 17.02.2017 n. 13 stabilisce che a partire dal 22 giugno il foro territorialmente competente per le cause di accertamento dello stato della cittadinanza italiana “iure sanguinis”, quando l’attore risiede all’estero, è quello del comune di nascita del padre, della madre o dell’avo cittadini italiani.
Non è utile commentare qui i problemi che potrebbero nascere dalla lettura della norma che soffre di una formulazione discutibile e che sembra rispondere solo all’esigenza di sgravare il Tribunale di Roma delle migliaia di ricorsi che ogni anno vengono iscritti a ruolo.
Ciò che interessa evidenziare in questo momento è quale potrà essere l’effetto concreto della modifica sui processi iscritti a ruolo dal 22 giugno in poi.
Sul piano dei tempi di durata del processo si possono fare considerazioni derivanti dalla statistica. Se alla sezione XVIII del Tribunale di Roma è presente un contingente di giudici numericamente elevato, non si può dire lo stesso per tutte le sezioni specializzate in materia di immigrazione (competenti per i processi di cittadinanza) nei vari tribunali sul territorio che in base alla nuova norma saranno i seguenti: Ancona, Bari, Bologna, Brescia, Cagliari, Caltanissetta, Campobasso, Catania, Catanzaro, Firenze, Genova, L’Aquila, Lecce, Messina, Milano, Napoli, Palermo, Perugia, Potenza, Reggio Calabria, Salerno, Torino, Trento, Trieste, Venezia.
Certamente aumenterà, soprattutto in una prima fase, l’effetto “lotteria” nella determinazione della durata di ciascun procedimento. Non vuol dire, però, che non possano esserci effetti anche positivi, con tempi del processo che, almeno in alcuni tribunali più virtuosi, potranno essere più celeri.
Su un piano più tecnico sarà importante comprendere quale orientamento giurisprudenziale adotteranno i diversi tribunali. Difatti, se da una parte appare logico che la copiosa giurisprudenza del Tribunale di Roma debba fare da guida per i giudici chiamati a decidere in tutto il territorio italiano i diversi casi di riconoscimento di cittadinanza “iure sanguinis”, non si può escludere che sorgano orientamenti contrastanti in merito ad alcuni aspetti più tecnici come la prova dell’interesse ad agire nei processi c.d. “contra filam” o su eccezioni come quella sulla famigerata “grande naturalizzazione”, che se sono state “seppellite” dal Tribunale di Roma, potrebbero trovare nuova vita di fronte ad alcuni giudici.
Avv. Prof. Giuseppe Pinelli
Parágrafo 36 do art. 1 da lei de reforma do processo civil n. 206, de 26.11.2021, que entrou em vigor em 24.12.2021, que modificou o § 5º do art. 4º do decreto-lei 17.02.2017 n. 13 estabelece que, a partir de 22 de junho, o foro territorialmente competente para as causas de apuração do status da cidadania italiana “iure sanguinis”, quando o demandante residir no exterior, é o do município de nascimento do pai, da mãe ou dos antepassados cidadãos italianos.
Não é útil comentar aqui os problemas que podem surgir da leitura da lei que sofre de uma redação questionável e que parece responder apenas à necessidade de aliviar o Tribunal de Roma dos milhares de processos que são protocolados todos os anos.
O que é interessante destacar neste momento é qual pode ser o efeito concreto da mudança nos processos protocolados a partir de 22 de junho.
Quanto à duração do processo, podem ser feitas considerações decorrentes das estatísticas. Se na vara XVIII do Tribunal de Roma há um contingente numericamente elevado de juízes, o mesmo não se pode dizer de todas as varas especializadas na área de imigração (competentes para processos de cidadania) nos diversos tribunais do território que, segundo o novo padrão será o seguinte: Ancona, Bari, Bolonha, Brescia, Cagliari, Caltanissetta, Campobasso, Catania, Catanzaro, Florença, Génova, L’Aquila, Lecce, Messina, Milão, Nápoles, Palermo, Perugia, Potenza, Reggio Calabria, Salerno, Turim, Trento, Trieste, Veneza.
O efeito “loteria” na determinação da duração de cada procedimento certamente aumentará, principalmente na primeira fase. Isso não significa, porém, que também não possa haver efeitos positivos, com tempos de julgamento que, pelo menos em alguns tribunais mais virtuosos, podem ser mais rápidos.
Em um nível mais técnico, será importante entender qual orientação jurisprudencial os diferentes tribunais adotarão. De fato, se por um lado parece lógico que a copiosa jurisprudência do Tribunal de Roma sirva de guia para os juízes chamados a decidir os diversos casos de reconhecimento da cidadania “iure sanguinis” em todo o território italiano, não pode ser excluído que possam surgir orientações conflitantes sobre alguns aspectos mais técnicos como a comprovação de interesse em atuar nos processos “Contra filam” (contra a lista de espera dos consulados) ou em exceções como a da notória “grande naturalização“, que mesmo que tenham sido “enterradas” pelo Tribunal de Roma, poderiam encontrar nova vida diante de alguns juízes.
Avv. Prof. Giuseppe Pinelli